Parece um incentivo, uma provação, não minto, mas receio o provável. Robotizar
armadilhas não estava nos planos, agora, não sozinho, com meu maior inimigo,
conviverei a fio, ditando regras e me enquadrando a uma linha insana.
Nunca sonhei pra mim, nunca tive
sonhos dos quais pudesse me orgulhar, os poucos descobri que eram falsos, foram
fugas, acho que continuam sendo, o que quero e o que vou ter é real, também
blefei ao não tê-lo, materializa-se não mais meus gostos, sim os gostos do
meio, parei no tempo, não vejo um palmo na minha frente.
Os pontos bons estão no ar, esperando que eu os
perceba, agarre-os, esse não sou eu, os ruins estão na minha cabeça, sem
pessimismos ou exageros, é o que eu não quero escutar, mas uma hora as coisas
devem explodir, não há descanso na vida do insensato que anda quilômetros
inertes.
Libertar-me-ei do que provocou
grande parte da existência, porém junto levarei e enfraquecerei laços fortes,
isso nunca quis, pergunto-me se o preço é justo e se haverá futuro dentro dos
meus planos intrínsecos, (penso que sim), é o que me consola em relação aos
efêmeros projetos de vida, o básico vai além e transcende até mesmo o que eu
acho que é certo, conceitos de razão podem ser bons se usados de tal maneira,
mas a verdade relativa não podemos esperar, nem depositar tantas forças, não
podemos nos perder, nem nos machucar pelo vazio.
Conciliarei as duas inteligências
(mais viável) sem absorver o que está gravado, talvez uma blindagem covarde,
ela deve existir até eu achar a verdade duradoura.
Por muito tempo existe e
existirá, provavelmente o diferente vai acontecer, nada mais comum, mais
construção, que seja isso, preparando-se para o conceito medíocre e sempre
incompleto no que considero, o bem supremo.
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