sábado, 5 de novembro de 2011

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 Os poucos bens possuídos viram em nada. 
 É preciso alimentar cada vez mais a vida para ela não se extinguir.


  A criança dorme no ventre de sua mãe, não pede nada em troca, não merece ser mais uma, nem pode sair se criando. Um caráter abstrato o suficiente para ver doenças como um ponto fraco. A verdade continua sendo omitida e sendo alvo de pensamentos e contatos, promessas a rodeiam antes de tudo, são noites em claro, momentos que cobram caro.
  Cabeças já estouraram por coisas menores e o pobre coração ingênuo ainda bate involuntariamente, ele se feriu um dia, não pediu por atenção no ápice das bobagens onde tudo vira pó, se os desejos se concretizassem com certeza seu castelo estaria erguido no meio do deserto, a criança estaria mesmo que sozinha seguindo seu caminho, crescendo sedenta por mudança, teorias seriam quebradas por ela, seria uma heroína.
  Ela não vai ficar por muito tempo, precisa ir embora, seu lar será de uma próxima geração incompetente, ela se encontrará no seu sonho junto com os peixes do rio mais bonito, ela morrerá para virar um anjo.  
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