quinta-feira, 17 de novembro de 2011

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 Pedras rastejantes cercam o circulo místico de rosas vermelhas, ao lado nasce o bucólico que trabalha desde feto plantando seu corpo na terra, tudo isso para o sustento do mundo.


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E esta flor?
E se esta floresta for mais um rio de dor?
As formigas da minha boca só querem mel
A volta a vida... Essa que fique jogada ao léu

Eu numa cama entregue ao dia, mal agüentando o peso do ar
Fazendo planos sem alimentar o cérebro que se contorce no chão
Ele voa...
Voa e volta para onde nunca vai sair
A extinção do onirismo sem paixão
Artistas morrerão. Todos morrem de emoção.
Não é diferente do que não ter coração
Vou esperar como os robôs minha hora
Sem tremer ou suportar

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Conceitos distorcidos.
É lançada contra o peito a hipótese de que afeto não é necessário.
Eles não nasceram
Isso não existe
Medíocres sujam o nome da doença, tudo fica descartável assim como personalidades
Atitude inconseqüente
Abrange tanto...
É tudo que fica preso a cada ponto
Tempestades derrubam casas, mas não ferem as raízes.

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Paredes rachadas me mastigam e me encaixam em seu jogo
Sou uma carta marcada.
O ganhador da vida ganha mentiras, bobagens para sarar sua ferida.
Os loucos atualmente pensam que gelo vira água
Nunca muda nada
É tudo ilusão, terror e fantasia
Fantasmas mostram suas garras
Essa é a guerra do vivente.

Hofmann




Eu ainda tenho a vida inteira para me cobrir de racionalidade e descobrir o outro lado.
Conhecer pessoas, Hofmann e seu filho revoltado.
 

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O som toca tão tardiamente o solo, não se decide
Engana-nos nas notas perdidas do desconhecido
Eu sou você areia do tempo,
sei seus medos

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  Minhas relações estão cada vez mais constantes, mesmo que a vida num surto de compreensão tente me confortar com situações que fomentam o ego, sinto que tanatos (em sua forma simbólica de pulsão), apresenta-me seus maiores presentes sarcásticos, suga-me os motivos que sustentam a energia potencial, leva os dias e me deixa com poucos lapsos de razão.
  Pudera eu abandonar esses velhos padrões de assimilação, absorver as coisas de forma mais amena, sem englobar fatores externos e comprimi-los dentro do meu mundo,
programar uma nova essência não tão extremista.

Um ser que não interprete nem absorva atitudes abstratas o suficiente para sufocá-lo.

Que o silencio continue sendo meu parceiro mais fiel nas noites sem rumo.

segunda-feira, 7 de novembro de 2011

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Em sã ironia para falar que a vida vem dos santos que se arriscam, vem de quem não cai pelos cantos e segue a marcha dos animais racionais para a falta de oportunidade.

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Entrei na linha do trem sem saber segredos
Cheguei ao natural sem ter medo
E agora protegido
Eu não como ou respiro.

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Estamos na transição da arte para o público de emoção vazia, décadas deixam nas entrelinhas o motivo pelo qual nos distanciamos da realidade e entramos numa freqüência modulada por quem não nos quer por perto.
O veneno é oferecido legalmente, é sugerido para que faça parte de nossas vidas,
não gastam que pensemos ou sejamos possíveis ameaças,
nosso papel é outro,
somos engrenagens cegas,
sem cérebro ou coração.

sábado, 5 de novembro de 2011

Continuar A Falar

Há um silêncio me envolvendo
Não consigo pensar direito
Me sentarei naquele canto
Onde ninguém irá me incomodar
Penso que deveria falar (Por que é que não fala comigo?)
Mas não consigo falar (Você nunca fala comigo)
As minhas palavras não saem direito (No que você está pensando?)
Sinto que estou me afogando (O que você está sentindo?)
Sinto-me fraco agora (Por que você não fala comigo?)
Mas não posso mostrar a minha fraqueza (Você nunca fala comigo)
Às vezes me pergunto (O que você está pensando?)
Onde vamos chegar saindo daqui? (O que você está sentindo?)

Trecho de Keep Talking -Pink Floyd

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  Como as folhas antigas serei levado pela leve brisa que sopra os sutis e passageiros devaneios de infância, juntar-me-ei com as felizes folhas caídas ao pé da arvore da vida. Incorporar-me-ei a terra como se fizesse parte dela, serei orgânico de verdade como uma peça do ciclo, serei galho, casca, solo, sol e água, serei outono vivo que mastiga o tempo. 


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Estou cansado e seco, sem pena do que foi ao chão. 
O pano cobre a sujeira, o pano está sujo como os pais da nação.

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 Os poucos bens possuídos viram em nada. 
 É preciso alimentar cada vez mais a vida para ela não se extinguir.


  A criança dorme no ventre de sua mãe, não pede nada em troca, não merece ser mais uma, nem pode sair se criando. Um caráter abstrato o suficiente para ver doenças como um ponto fraco. A verdade continua sendo omitida e sendo alvo de pensamentos e contatos, promessas a rodeiam antes de tudo, são noites em claro, momentos que cobram caro.
  Cabeças já estouraram por coisas menores e o pobre coração ingênuo ainda bate involuntariamente, ele se feriu um dia, não pediu por atenção no ápice das bobagens onde tudo vira pó, se os desejos se concretizassem com certeza seu castelo estaria erguido no meio do deserto, a criança estaria mesmo que sozinha seguindo seu caminho, crescendo sedenta por mudança, teorias seriam quebradas por ela, seria uma heroína.
  Ela não vai ficar por muito tempo, precisa ir embora, seu lar será de uma próxima geração incompetente, ela se encontrará no seu sonho junto com os peixes do rio mais bonito, ela morrerá para virar um anjo.