quinta-feira, 27 de outubro de 2011

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Um quarto escuro. Aos poucos tudo vai aparecendo, bem distante posso até invejar rostos sorrindo, e da minha janela vejo memórias saindo da terra, estas que eu mesmo enterrei.
O ciclo se renova como os olhos de uma fera, é a noite mãe do passado vindo engolir seus filhos revoltados, desvirtuado destino, ou qualquer outra coisa que carregue uma culpa invisível, gradual destino que fez os fatos se encaixarem, que derrubou uma bomba em nossos humildes subconscientes onde plantávamos várias sementes.
Tentemos agora reconstruir ao menos uma frágil estrutura que agüente pequenas tempestades, será o suficiente para o novo ser.
Que o amanhã não deixe de ser projetado e cobiçado.
Que nossa mente esteja forte e solidificada para aplaudirmos em pé o assassino que descobriu que tiros na alma são mais eficazes que na carne.
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