Apressado céu, vazio e transparente
Fazendo-se inocente
Carregando alarmado
Meu reflexo embaçado num espelho de algodão
Tirando em vermelho
Bocejando desde cedo seu dia que começou
Clareia logo sonho turvo
Acendendo as cidades recobertas de incerteza
Deixando em pé cabelos e medos
Pessoas, arvoredos
Solitários viciados
Amores abandonados
Quisera decidir-se entre a mostra e o silencio
Debandar-se na sorrateira correria
Não se lembrar dos filhos da alegria
Dormir e achar num recanto o sossego para seus raios
Deleito em outro lado
Alguma face incendiar com toda luz
Para mentir que se apagou
Até o mar irá se orgulhar
De conhecer seu companheiro dia
Forasteiro da humildade
Pede em troca vista limpa
Resplandecer fitando o ar, mergulhar
Provocar suspiros e mãos entrelaçadas aos viajantes das
estradas
Persuadir plantando esperança em nossas mentes de criança
Sendo além do que mais ser, dia em que todo giro de ontem no
presente, mente
Mas transcende sempre o que pudemos esperar.
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