Ele é um ator, tem uma arma, foi
impulsionado por um bombardeio de imagens e estereótipos equivocados sobre seu
grande amor, caiu no rio, viu a morte, mas lidar com seu subconsciente
ultrapassou seus limites da razão. Foi criado como um filho das ruas sujas,
cresceu e conviveu num meio de flores que ele mesmo projetou.
Entre caixas e espelhos, está caído
ao chão vendo as voltas que o mundo dá.
Nossa amizade é maior que tudo!
Voltemos ao pó era o que ele
dizia.
A máquina consola o homem e o faz
questionar a fé, na passagem da glória para o fogo.
Não vamos nos atirar no precipício,
é uma arte, um filme, é a expressão abstrata da vida nos apresentando saídas alternativas.
Não morreremos! Seremos imortais.
Ainda estamos esperando nossos
aplausos e reconhecimento.
A motivação dorme sem hora pra
acordar, só resta o som pacato de um instrumento do fim. A paixão acabou a história
não, diferente da bagunça, fica longe da fumaça que entorpece e cega, uma
utopia, paradoxo, o que não é capaz de existir por si próprio.
(Ele parecia vivo como uma pedra
inerte na beira da estrada)
-Estou aqui desde que você dormiu!
Nunca sai daqui, não me procure nem queira saber meu novo nome, sou a máscara
do tempo que cobre a ferida, universo verdadeiro que deita esperando o
descanso, nas telas aquele que olha por você, atravessando as loucuras, vícios,
maneiras, semanas, antes e depois.
Este homem é o mundo do protesto,
oficio dos poucos que rastejam em busca da sabedoria, quebrando vidros com
espadas sem esquecer-se das origens. Refém de suas próprias vaidades, zomba do
seu meio critico tentando descobrir a dor, sem medo do medo que vem das
palavras, das desconfianças, enquanto a babilônia surge da terra num sorrateiro
cheiro do peso mental implorando por atitudes sóbrias, ébrias do cigano infeliz.
Deite nos braços de quem tem!
Nos anos que a vontade era
escassa e a mentira trancada a sete chaves... acordado dando tiros durante os
trovões para não ser ouvido na sua maior traição.
A sala fica escura, parecia que
tudo iria acabar, até mesmo os insetos se resguardam de olhos fechados,
lagrimas que escorrem das paredes distorcidas encheriam garrafas de tristeza, a
sorte não existiu por muito pouco e os “por quês” partiram em direção ao
horizonte partido, este o peito do vivente, areia da ampulheta, diamante que se
esfarela a cada ato decisivo.
Vida inimiga dos gostos e das inteligências
humanas.
Morra no fim, você é só um ator.
Nenhum comentário:
Postar um comentário