sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

filme


Ele é um ator, tem uma arma, foi impulsionado por um bombardeio de imagens e estereótipos equivocados sobre seu grande amor, caiu no rio, viu a morte, mas lidar com seu subconsciente ultrapassou seus limites da razão. Foi criado como um filho das ruas sujas, cresceu e conviveu num meio de flores que ele mesmo projetou.
Entre caixas e espelhos, está caído ao chão vendo as voltas que o mundo dá.
Nossa amizade é maior que tudo!
Voltemos ao pó era o que ele dizia.
A máquina consola o homem e o faz questionar a fé, na passagem da glória para o fogo.
Não vamos nos atirar no precipício, é uma arte, um filme, é a expressão abstrata da vida nos apresentando saídas alternativas.
Não morreremos! Seremos imortais.
Ainda estamos esperando nossos aplausos e reconhecimento.
A motivação dorme sem hora pra acordar, só resta o som pacato de um instrumento do fim. A paixão acabou a história não, diferente da bagunça, fica longe da fumaça que entorpece e cega, uma utopia, paradoxo, o que não é capaz de existir por si próprio.
(Ele parecia vivo como uma pedra inerte na beira da estrada)
-Estou aqui desde que você dormiu! Nunca sai daqui, não me procure nem queira saber meu novo nome, sou a máscara do tempo que cobre a ferida, universo verdadeiro que deita esperando o descanso, nas telas aquele que olha por você, atravessando as loucuras, vícios, maneiras, semanas, antes e depois.
Este homem é o mundo do protesto, oficio dos poucos que rastejam em busca da sabedoria, quebrando vidros com espadas sem esquecer-se das origens. Refém de suas próprias vaidades, zomba do seu meio critico tentando descobrir a dor, sem medo do medo que vem das palavras, das desconfianças, enquanto a babilônia surge da terra num sorrateiro cheiro do peso mental implorando por atitudes sóbrias, ébrias do cigano infeliz.
Deite nos braços de quem tem!
Nos anos que a vontade era escassa e a mentira trancada a sete chaves... acordado dando tiros durante os trovões para não ser ouvido na sua maior traição.
A sala fica escura, parecia que tudo iria acabar, até mesmo os insetos se resguardam de olhos fechados, lagrimas que escorrem das paredes distorcidas encheriam garrafas de tristeza, a sorte não existiu por muito pouco e os “por quês” partiram em direção ao horizonte partido, este o peito do vivente, areia da ampulheta, diamante que se esfarela a cada ato decisivo.
Vida inimiga dos gostos e das inteligências humanas.
Morra no fim, você é só um ator.  
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