quinta-feira, 28 de julho de 2011


O lixo foi retirado, ainda resta uma alma,
temos que continuar a acrescentar camadas de lucidez nas nossas pobres cabeças, desfragmentar o que está quase se perdendo, regredir.
Tomar um banho de mágoas para sarar as feridas, continuar a se proteger do inseguro e das quatro paredes, passar calor para não sentir dor.
Continuar, continuar...
Há tanto a se falar sobre isso.

terça-feira, 26 de julho de 2011

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Não se molhe na chuva do deserto pedra preciosa, não desapareça nem chore pelo que já se foi, diferente de quem olha só para sim mesmo, veja o arco-íris, depois me diga como foi, eu vou querer saber.

história?


Ela está fria, parada no ar como um lindo pássaro negro.
Todos esgotaram seu amor próprio, muito peso em suas pálpebras, sangue sujo, olho fechado, o teto da sua casa sustenta o que sobrou do excesso das virtudes, tudo fez sentido dentro dela principalmente quando estava perto do certo, seu filho não chora nem entende o começo de tudo, do que vai ser daqui pra frente. Ele não estará sozinho, porém uma semente é plantada na sua cabeça, desencadeamento de atitudes e questionamentos.
Ela ainda continua parada no ar como um pássaro...
Apenas optou por não ser entendida e nunca mais ser ouvida por alguém. A culpa é dela e do mundo, a culpa é de tudo e todos.
- Mãe por que você não me responde?
Ela é apenas um pássaro.

lua




   O fato de eu estar preso ao infinito é apenas o começo, a insegurança com que respiro  é o reflexo da distancia da lua, o simples ato de tocá-la se torna o mais difícil.
   Coisa pura é sentir a presença dela mesmo num dia em que as nuvens me impeçam de vê-la, ela sempre estará no céu, um ritmo que não escuto mas que minhas mãos conseguem falar. Sem direção volto a ser quem sou e nos gritos da manhã durmo em seus braços. 
   Luzes se apagam para você iluminar a cidade, meu pensamento me leva até você mesmo nas horas mais calmas do dia, sem receios me sinto melhor.

sexta-feira, 22 de julho de 2011

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É tarde do dia, quem vejo na rua não é quem quero que seja
volte pro mar onda perdida
sente e espere na fila da vida para passar um dia com a lua
admirando as coisas da terra, o que não dura
as poeiras das ruas são uma só aos olhos de um normal
nada se mistura com o degrau de cima muito menos as pessoas, nada
argumentos pela falta dos outros
falta compreensão, sobra conhecimento
as frutas apodrecem junto com as pessoas
o inevitável agora é a busca pela solução ou distanciamento dos fatos
o subjetivo pode realmente importar
até para os dias solitários ou de atritos externos
mesmo que cada um seja todo mundo as essências se conservam em simples atos inconscientes.


A quantidade de horas não se compara a nada, elas se unem ao dia como se fosse uma única batida do relógio, espera necessária. O descanso será pequeno, um tiro para o nada, riscos a se correr, uma hora é muito pra quem não sabe viver, mas bem no fundo os desejos virão talvez de forma figurada nos fazendo voar sem lembranças.

quarta-feira, 20 de julho de 2011

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O mundo gira tão devagar
o simples não satisfaz
as respostas são palavras mergulhadas no sangue
despertar do futuro diante de um precipício
a noite nos chama para a vida
escura e escondida
um cadeado guarda o que é importante
no peito o medo
qualquer coisa para ser melhor que o afeto
sempre trabalhando gradativamente
tudo diferente
acende-se novamente a chama
o silencio só faz ela ficar mais forte
aponta somente na direção de um caminho melhor e incondicional
sem loucura ou sentido
sem peso sem chão
legitimo valor da construção funcional
um exército das múltiplas inteligências
além da verdadeira conotação da vida está o coração do irreal
a fuga a esperança
amor simples de infância
que sopra na brisa do tempo
estático apenas absorvendo todas as cores do dia
observando a mudança como se ela também estivesse parada
os sonhos se transformam na velocidade exata
transcende o espelho e o papel
mesmo que a neblina assuste o sono virá
os sons vão ser diferentes e o que vem de dentro também
a visão será ampla
assim como a distancia do presente.

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Um amontoado de idéias me diz que eu ainda preciso crescer, tudo vem ao mesmo tempo, depois do limite onde encontro uma chance de seguir o fluxo, talvez as figuras que tanto pensamos sejam verdadeiras, força do pensamento, bad bad, uma cama, agora falta água, quem acabou com ela? Todos pensativos menos eu, ninguém disse que seria assim, o tempo move as coisas, ou me faz mover, sl, é apenas eu.

quinta-feira, 14 de julho de 2011

olhar



O conhecimento está em todos, sendo administrado de forma firme e prejudicial. No rosto de cada um a naturalidade tenta transparecer, eles adoecem, ficam loucos, não é uma relação de amor, talvez seja um dever, uma projeção.

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Quando vejo minha sombra na calçada percebo que ela acompanha a anos e ainda vai me acompanhar.

Voltando as idéias do nascimento


Absorvi muito de mim mesmo
Dias pesados que passei apenas com uma luz acesa
Em outro plano sem dimensão
Sem armas sem som
Sempre em busca da leveza dos pensamentos
Mas sempre no caminho contrário
Nada vinha a minha cabeça, nada suficientemente construtivo
Nem o meio agradável me fazia sorrir por dentro
Não vivemos para nós mesmos, isso não teria sentido

terça-feira, 5 de julho de 2011

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Nem tudo vem para o mal
Nem o velho nem o novo
A cobra só desempenha seu papel natural
Não dorme nem morre
Só espera acontecer
Como uma lágrima que escorre
Como a saudade que vem sem pedir
Uma combinação perfeita dos mais diversos gêneros
O que passou por esse rio não pode ser esquecido como achamos
Tudo é perfeito e muito grande
Mesmo não ouvindo os sinos os sinais existem
Onde estão suas roupas?
Onde está nosso show?
Vá embora! Saia da minha boca
Pessoas podem ser descartadas?
Espere não corra! Quero te ver!
Algumas linhas interrompidas não voltam mais
Então morra! Só não se esqueça de fechar a porta.

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Não cometa um crime.
Você me fez chegar até aqui.
O que é você?
É um pouco tarde para possuir uma nova imagem.
Em certos momentos não quero falar nada apenas sentir.